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O título de Marquês de Fronteira foi um título nobiliárquico de Portugal. Foi atribuído por carta do Regente D. Pedro, em nome do rei D. Afonso VI, de 7 de Janeiro de 1670 a D. João de Mascarenhas, 2.º Conde da Torre, como recompensa pelos seus feitos militares na Guerra da Restauração (1640-1668), e por ter apoiado D. Pedro II contra D. Afonso VI em 1667-1668.
O 2.º Conde da Torre foi quem, já como Marquês de Fronteira, mandou construir o Palácio Fronteira, nos arredores de Lisboa. Ainda hoje em posse da família, este belo conjunto arquitectónico e paisagístico é um dos melhores exemplos de uma casa nobre da época em Portugal.
Tal como a quase totalidade da alta nobreza portuguesa do Antigo Regime, a linhagem e os seus títulos foram descritos por D. António Caetano de Sousa nas Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal.
A Casa de Fronteira destaca-se por ter sido, das casas nobres portuguesas, uma das que melhor sobreviveram à crise do Antigo Regime e do século XIX em Portugal, nomeadamente a Revolução Liberal do Porto em 1820 e logo as Guerras Liberais de 1828-1834, e as suas consequências para a alta nobreza. Hoje, para além do palácio e seus jardins a Casa Fronteira possui também ainda, como vestígio do antigo Condado da Torre, a Herdade da Torre no concelho de Ponte de Sor, gerida desde 1963 como Sociedade Agrícola do Condado da Torre. Com 7236 ha, esta é uma das maiores propriedades agrárias de Portugal.
Em 1987, a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, com fins culturais, científicos, e educativos, foi instituída por Fernando Mascarenhas, na altura o representante destes títulos.